Um estudo realizado pela empresa de segurança McAfee transforma os usuários de internet em verdadeiras “iscas” de spams (mensagens de e-mails não-solicitadas). Durante 30 dias, esses voluntários devem abrir todos os spams recebidos, clicando nos links sugeridos e também aceitando as propostas feitas nessas mensagens. Os pesquisadores encorajaram os participantes a fazerem cadastros e compras on-line, para espalhar na web seus endereços de e-mail.
O objetivo, afirma a companhia, é analisar os dados coletados durante o experimento, para aprimorar a detecção dessas pragas e também tornar mais eficazes as ferramentas anti-spam. Cada voluntário recebeu um laptop sem proteção contra spams, mas com antivírus. Para participar do estudo, todos criaram novas contas de e-mail.
“Quais são os possíveis riscos em se responder àquelas grandes ofertas que surgem na sua caixa de entrada de e-mail, provenientes de uma fonte completamente desconhecida? Se por acaso você fizesse o pedido de compra indicado no spam, o produto seria entregue? Seus dados seriam fornecidos a outras ‘listas de spam’? Seu computador ficaria infectado ou, pior ainda, você poderia se tornar uma vítima do crime virtual?”, questiona o site oficial do projeto “The S.P.A.M. Experiment”.
Brasil
A pesquisa teve início no começo do mês e conta com cinco pessoas de cada país participante: Austrália, Brasil, França, Alemanha, Itália, México, Holanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. Os voluntários do Brasil – que mantêm um blog sobre o estudo -- são um aposentado, um jornalista, um estudante de ciência da computação, um coordenador técnico de telecomunicações e um instrutor de montagem e manutenção de computadores.
Nos 12 primeiros dias do estudo, o total de spams recebidos pelos brasileiros somou 7.271 mensagens não-solicitadas. A maioria das mensagens está escrita em inglês e, quando abertas, induzem os destinatários a clicarem em novos links. “Existem spams que nos remetem a dez páginas da web diferentes”, disse um dos participantes, segundo a companhia.
Os spams funcionam como ferramenta para os piratas virtuais na hora de infectar os computadores de vítimas. Links sugeridos nessas mensagens podem levar a sites maliciosos que instalam em seus PCs, sem que os usuários saibam, pragas virtuais.
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