TECNOLOGIA

Hackers se especializam em criar pragas para público restrito



Durante os dois últimos anos, hackers criaram programas maliciosos
especialmente desenhados para infectar internautas de países como
Japão, Brasil, China e Alemanha. Bem-vindos à era das pragas
localizadas.



Em 2006, a McAfee identificou 53.537 espécies únicas de pragas. No ano
passado, o número subiu para 131.862 e pode ter dobrado este ano. Até o
final de 2008, a empresa espera identificar cerca de 750 espécies de
vírus por dia.



Por exemplo, um tipo de cavalo-de-tróia infecta usuários do programa de
compartilhamento de arquivos Winny (o criador do Winny, Isamu Kaneko,
foi condenado em 2006 por encorajar a violação de direitos autorais).
Esse programa é incrivelmente popular no Japão, mas não é conhecido em
outros países. Mesmo assim, ele tem sido a isca usada por inúmeros
vírus, de acordo com o gerente de pesquisa e comunicações da McAfee,
Dave Marcus.



A praga, além de tudo, é malcriada. Ela deleta fotos e filmes do seu
disco rígido e depois tira sarro: “Mesmo depois de o Sr. Kaneko ser
julgado culpado, você continua usando o Winny. Como eu odeio esse tipo
de pessoa”, diz a animação de uma mulher na tela do seu computador.



“Antes os hackers criavam programas maliciosos com o objetivo de
atingir o maior número possível de usuários. Não é mais assim”,
analisou Marcus. “O que percebemos nos últimos dois anos é que a
quantidade de vírus criados especificamente para certos tipos de
usuários e para certas regiões do planeta está aumentando.”



A McAfee acredita que essa tendência não existe por acaso. Os hackers
não querem mais chamar a atenção do mundo todo e, conseqüentemente,
irritar autoridades. E os usuários estão mais cautelosos, portanto os
hackers precisam inventar pragas definitivamente irreconhecíveis por
públicos restritos. Outra razão é que eles estão mirando regiões onde
ainda não há legislação madura para lidar com cibercrimes.



Ataques regionais devem se aproveitar de costumes regionais. No Brasil, transações bancárias são freqüentemente feitas pela internet,
por isso grande parte das pragas circulando nas redes do País tentam
roubar nomes de usuário e senhas a partir disso. Na China, os jogos online
são tão populares que ladrões de senha que se aproveitam do jogo
WarCraft são a segunda maior classe de vírus identificada pela McAfee.
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